"Economias de baixa renda e vulneráveis enfrentam crescentes pressões no balanço de pagamentos e riscos à sustentabilidade da dívida. As perspectivas econômicas para pequenos estados insulares em desenvolvimento, em particular, serão limitadas por ônus elevados de dívida, altas taxas de juros e crescentes vulnerabilidades relacionadas ao clima, ameaçando minar e, em alguns casos, reverter os avanços alcançados nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ODS".
"As perspectivas de um período prolongado de condições de crédito mais restritivas e custos de financiamento mais elevados apresentam fortes obstáculos para uma economia mundial sobrecarregada de dívidas, destaca o texto, que precisa de mais investimentos para crescer, combater as alterações climáticas e acelerar o progresso rumo aos ODS", opina o estudo.
Inflação e emprego
"Desde janeiro de 2021, os preços ao consumidor em economias em desenvolvimento aumentaram 21,1%, corroendo significativamente os ganhos econômicos obtidos após a recuperação da COVID-19. Em meio a interrupções no lado da oferta, conflitos e eventos climáticos extremos, a inflação local de alimentos permaneceu alta em muitas economias em desenvolvimento, afetando desproporcionalmente os mais pobres", diz o texto.
"Nas economias desenvolvidas, os mercados de trabalho permaneceram resilientes, apesar de uma desaceleração no crescimento. No entanto, em muitos países em desenvolvimento, especialmente na Ásia Ocidental e na África, indicadores de emprego ainda não retornaram aos níveis pré-pandêmicos".
Trabalho coletivo para crescer
"A redução — e eventual eliminação — dos subsídios aos combustíveis fósseis, o cumprimento dos compromissos internacionais de financiamento, como a promessa de US$ 100 bilhões (cerca de R$ 490 bilhões) para apoiar países em desenvolvimento e a promoção da transferência de tecnologia são cruciais para fortalecer a ação climática em todo o mundo", conclui o estudo.