"Forneceu apoio militar à Ucrânia: [...] munição para Leopard 2 A6, 90 veículos de combate de infantaria Marder com munição e peças sobressalentes, [...] mísseis IRIS-T SLM, 1 sistema de defesa aérea SKYNEX com munição, 8 radares de vigilância aérea TRML-4D, 44.970 cartuchos de munição de 155 mm", disse o governo alemão em comunicado na quinta-feira (4).
A remessa militar de Berlim para Kiev também incluiu 16 tanques de remoção de minas Wisent 1, 14 tanques de colocação de pontes Beaver com peças sobressalentes, 212 sistemas de detecção de drones, 56 radares de vigilância terrestre Go12, 358 veículos, incluindo caminhões, micro-ônibus, veículos off-road, e 305 fuzis MK com 47,85 milhões de cartuchos de munição para armas de fogo, dizia o comunicado.
As exportações de armas da Alemanha aumentaram 40% em 2023 e atingiram um recorde de € 11,71 bilhões (cerca de R$ 62,6 bilhões) em meados de dezembro de 2023, informou a agência de notícias DPA, citando o Ministério da Economia alemão.
Mais de um terço das exportações de armas aprovadas, ou € 4,15 bilhões (aproximadamente R$ 22,2 bilhões) em armas, destinaram-se à Ucrânia, seguida pela Noruega com € 1,2 bilhão (mais de R$ 6,4 bilhões), Hungria com US$ 1,03 bilhão (cerca de R$ 5,5 bilhões) e outros, informou a agência de notícias.
Os países ocidentais, incluindo os Estados-membros da União Europeia (UE), têm fornecido ajuda militar e financeira a Kiev desde o início da operação militar especial da Rússia na Ucrânia, em fevereiro de 2022. O Kremlin tem alertado consistentemente contra o fornecimento contínuo de armas a Kiev, dizendo que isso levaria a uma nova escalada do conflito.
Em abril de 2022, a Rússia enviou uma nota diplomática a todos os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sobre a questão do fornecimento de armas à Ucrânia. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, alertou que qualquer carga contendo armas para a Ucrânia se tornará um alvo legítimo para ataques russos.
Moscou também sublinhou repetidamente que qualquer equipamento militar ocidental utilizado pela Ucrânia acabaria por ser dizimado pelas Forças Armadas russas.