"O Serviço Federal de Segurança da Federação da Rússia deteve um cidadão russo envolvido em uma tentativa de sabotagem a uma das instalações do Ministério da Defesa russo na região de Chelyabinsk em janeiro de 2024, sob instruções dos serviços especiais ucranianos", diz o comunicado.
De acordo com as autoridades russas, o sabotador foi recrutado por meio de redes sociais.
"Durante as atividades de busca operacional e ações investigativas, também foi identificado seu envolvimento nos ataques incendiários às instalações de comunicações e infraestruturas ferroviárias na República do Daguestão, ocorridos em novembro e dezembro de 2023", acrescenta o texto.
Os meios de comunicação e eletrônicos do preso, com materiais e correspondência trocados com opositores ucranianos, foram confiscados.
A prisão ocorre no mesmo dia em que a imprensa do Ocidente divulgou que as forças ucranianas estão "esgotando" suprimentos vitais para os seus sistemas de defesa aérea, após o intenso bombardeio russo contra a infraestrutura militar da Ucrânia.
No final de dezembro, o Ministério da Defesa russo informou que as Forças Armadas do país haviam feito uma série de ataques com mísseis e drones contra alvos militares ucranianos, incluindo instalações do complexo militar-industrial, campos de aviação militares, arsenais e depósitos de armas.
Os EUA e os seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) intensificaram a assistência militar à Ucrânia pouco depois do início da operação militar especial de Moscou. O Kremlin alertou repetidamente contra novas entregas de armas a Kiev, sublinhando que tais medidas apenas alimentam o conflito e acrescentando que o equipamento militar ocidental acabará por ser destruído. Moscou também alertou que os países da OTAN estavam "brincando com fogo" ao fornecer armas a Kiev.
O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, enfatizou que qualquer carga contendo armas para a Ucrânia se tornará um alvo legítimo para a Rússia. Segundo ele, os EUA e a OTAN estão diretamente envolvidos no conflito ucraniano, fornecendo armas e treinando soldados no Reino Unido, na Alemanha, na Itália e em outros países.