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Defesa articula para evitar embaraços com militares no 8 de janeiro; comandantes não discursarão

José Múcio terá uma audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva hoje (5) para tratar do assunto. Os três comandantes das Forças Armadas participarão do evento, porém, uma decisão está tomada: nenhum deles se manifestará sobre o dia 8, relata mídia brasileira.
Sputnik
Brasília está se preparando para o evento marcado no Congresso Nacional para o próximo dia 8 de janeiro, que vai "comemorar" o primeiro aniversário da invasão dos prédios dos Três Poderes em 2022.
Em meio aos preparativos, o ministro da Defesa, José Múcio, está tratando de botar panos quentes em eventuais problemas ou constrangimentos que possam surgir com as Forças Armadas, segundo a coluna de Lauro Jardim em O Globo.
O jornal afirma que, na quinta-feira (4), Múcio almoçou com os três comandantes militares – general Tomás Paiva (Exército), almirante de esquadra Marcos Olsen (Marinha) e o tenente-brigadeiro de ar Marcelo Kanitz Damasceno (Aeronáutica) –, uma vez que há preocupação nos altos comandos das Forças Armadas com o tom dos discursos que serão feitos na segunda-feira (8).
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A cerimônia da próxima semana foi uma proposta de Lula e deve contar com a presença dos presidentes do Executivo, Legislativo e Judiciário, além de governadores, parlamentares, representantes da sociedade civil e ministros e representantes dos tribunais de Justiça e assembleias legislativas, de acordo com a Agência Brasil.
Mesmo sem identificar ameaças à segurança do evento, mais de dois mil policiais militares do Distrito Federal devem fazer o patrulhamento ostensivo em Brasília. O ministro interino da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, afirmou que até o momento não há nenhuma informação que gere preocupação maior.
Cappelli também disse que manifestações políticas não serão reprimidas, "desde que não ameacem as instituições".
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Quando extremistas invadiram os prédios na praça dos Três Poderes, em cenas registradas foi possível ver a conivência tanto de membros do Exército quanto da Polícia Civil em deixar os manifestantes entrarem. Segundo o Supremo Tribunal Federal (STF), se as forças não estão diretamente ligadas aos ataques, pelo menos foram "omissas".
Também nesta semana, o Exército decidiu punir dois militares por participação no 8 de janeiro: um oficial com três dias de prisão, e o outro com advertência. O que ficou três dias detido em um batalhão teve que responder se deu a ordem para um subordinado cantar o hino nacional dentro do Palácio do Planalto, no momento da invasão, segundo o portal UOL.
De acordo com o Exército, após os ataques, foram instaurados quatro inquéritos policiais militares (IPM) e quatro processos administrativos (sindicâncias) com a finalidade de apurar eventuais crimes ou desvios de conduta de militares do Exército Brasileiro.
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