Panorama internacional

Iraque se prepara para encerrar missão da coalizão liderada pelos EUA, diz primeiro-ministro

O Iraque está analisando uma data exata para terminar a missão da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos no país árabe visto que "não há mais justificações para a sua existência", disse o gabinete do premiê iraquiano.
Sputnik
O gabinete do primeiro-ministro Mohammed Shia al-Sudani emitiu um comunicado nesta sexta-feira (5) dizendo que Bagdá está formando um comitê para preparar o fim da missão da coalizão liderada por Washington no país árabe.
"O governo está definindo data para começar o início do comitê bilateral para estabelecer acordos e acabar permanentemente com a presença das forças da coalizão internacional no Iraque", disse o comunicado do gabinete, citado pela agência Tasnim. O comitê incluiria representantes da coalizão militar, disse um funcionário iraquiano, segundo a agência.
Na quinta-feira (4), o Pentágono informou que o Exército dos EUA realizou um ataque em Bagdá no qual matou o comandante Mushtaq Jawad Kazim al-Jawari, líder do grupo pró-Irã Harakat al-Nujaba.
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Esse foi o primeiro ataque do tipo na capital iraquiana e uma aparente escalada da crescente luta por procuração entre os Estados Unidos e as milícias apoiadas pelo Irã.
"Ressaltamos a nossa posição firme em acabar com a existência da coalizão internacional depois de terminadas as justificações para a sua existência", afirmou Sudani, citado pela agência Reuters.
Os meios de comunicação locais informaram que o ataque de ontem ao quartel-general das Unidades de Mobilização Popular (PMU, na sigla em inglês) do Iraque pelas forças estadunidenses resultou na morte de al-Jawari e de outro comandante, com vários outros militares sofrendo ferimentos.
Os EUA realizaram ataques aéreos em resposta a cerca de, pelo menos, 120 ataques contra suas forças no Iraque e na Síria desde 17 de outubro.
Washington tem 900 soldados na Síria e 2.500 no Iraque em uma missão que diz ter como objetivo aconselhar e ajudar as forças locais que tentam impedir o ressurgimento do Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em diversos países), que em 2014 tomou grandes partes de ambos os países antes de ser derrotado.
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