A informação foi dada nesta sexta-feira (5) pela representante da missão libanesa permanente na Organização das Nações Unidas (ONU), Katia Badr, à Sputnik.
"O Líbano enviou uma carta idêntica ao presidente do Conselho de Segurança e ao secretário-geral sobre o ataque de Israel a uma área residencial no subúrbio ao sul de Beirute, que levou à morte de dois libaneses e cinco palestinos", disse Badr.
A carta caracterizou o ataque de "capítulo mais perigoso" de uma série de crescentes atos hostis perpetrados por Israel contra o Líbano desde 8 de outubro.
Além do atentado com o uso de drones em Beirute, as Forças de Segurança de Israel (FDI) confirmaram que a Força Aérea israelense atacou um centro de comando operacional do Hezbollah no sul do Líbano.
Também foram reportados ataques em várias áreas do Líbano, e "numerosos lançamentos foram identificados do Líbano em direção ao território israelense", divulgaram as FDI, mas foram interceptados por Tel Aviv.
Os incidentes incluem o bombardeio de aldeias libanesas, o deslocamento de civis e o uso de munições de fósforo proibidas, entre outros, segundo a carta.
"O Líbano apela às Nações Unidas para que condenem esse ataque, pressionem Israel para desistir da escalada e tomem todas as medidas necessárias para pôr fim aos ataques israelitas à soberania, à integridade territorial e ao povo do Líbano, a fim de evitar a escalada do conflito e mergulhando toda a região numa guerra destrutiva total que será difícil de conter", diz o documento.
A França é quem preside o Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) durante o mês de janeiro.
Desde 8 de outubro, a fronteira do Líbano com o território israelense tem experimentado crescente tensão, quando o grupo armado libanês Hezbollah lançou dezenas de foguetes em direção a Israel em apoio aos ataques do grupo Hamas contra Israel no dia anterior.
Em resposta, as FDI bombardearam o sudeste libanês e os confrontos resultaram em 201 mortes no país de maioria árabe, incluindo 146 membros do Hezbollah e 35 civis, de acordo com fontes de segurança libanesas.
Na última terça-feira (2), um ataque creditado a Israel matou um importante membro do Hamas nos arredores de Beirute, Saleh al-Arouri, vice-líder do grupo palestino.