Em uma entrevista coletiva nesta sexta-feira (5), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China Wang Wenbin ressaltou os "padrões duplos" de alguns países em relação à tragédia humanitária em curso na Faixa de Gaza.
"Alguns países sentem-se confortáveis em contar mentiras sobre o genocídio e o trabalho forçado em Xinjiang, mas demoram uma eternidade a reconhecer as tragédias humanitárias em locais como Gaza. Isso é pura hipocrisia. Xinjiang manterá a sua porta aberta ao mundo", afirmou Wang, segundo o jornal Global Times.
Ainda de acordo com o diplomata, em 2023 Xinjiang recebeu quase 400 delegações e grupos que consistem em mais de 4,3 mil visitantes, de Cazaquistão, Paquistão, Japão, Egito, França, Alemanha, Suíça e Canadá, de países da Liga Árabe, da Organização para a Cooperação Islâmica e de outros Estados e organizações internacionais, que acompanharam o dia a dia na região.
Em outubro, na semana seguinte ao ataque do Hamas no dia 7, Moscou fez emendas à resolução brasileira no Conselho de Segurança das Nações Unidas, incluindo a condenação dos ataques terroristas na Faixa de Gaza e do ataque ao Hospital Batista al-Ahli, mas as inclusões foram vetadas pelos Estados Unidos.
"Acabamos de testemunhar mais uma demonstração de hipocrisia e de dois pesos e duas medidas por parte de nossos colegas norte-americanos", afirmou o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Vasily Nebenzya, conforme noticiado.
Em resoluções posteriores, nas quais a Rússia pedia um cessar-fogo imediato da campanha militar israelense, que já matou mais de 22,3 mil pessoas no enclave, Moscou também parou em vetos.