Este é o primeiro voo robótico privado enviado à Lua da Commercial Lunar Payload Services, da NASA, como parte do grande projeto Artemis, com o qual os Estados Unidos planejam, mais uma vez, enviar astronautas ao satélite natural do planeta Terra.
O módulo transporta 20 cargas úteis, incluindo cinco instrumentos da NASA, e o Projeto Beehive desenvolvido no México, que consiste em cinco microrobôs que explorarão a superfície lunar e a poeira em busca de minerais, água ou metais preciosos. Este projeto foi elaborado por cientistas do Instituto de Ciências Nucleares da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), sendo a primeira vez que o México participa de uma missão à Lua.
No entanto, a missão apresenta algumas falhas. A empresa Astrobotic informou horas antes que a nave Peregrine havia sofrido um problema após a decolagem.
"Recebemos a primeira imagem do Peregrine no espaço. A câmera utilizada está montada em uma plataforma de carga útil e mostra o isolamento de multicamadas [MLI] em plano fechado", afirmou a empresa em sua conta na rede social X.
"A alteração do MLI é a primeira pista visual em linha com os nossos dados de telemetria que apontam para uma anomalia no sistema de propulsão", acrescentou a Astrobiotic, fabricante do Peregrine.
De acordo com a empresa de robótica, a bateria da nave está, agora, totalmente carregada e a energia existente do Peregrine está sendo usada para realizar o máximo possível de carga útil e operações do módulo lunar.
A empresa pediu paciência enquanto os dados recebidos eram reavaliados e se ofereceu para emitir atualizações contínuas posteriormente. Colocar um artefato ou módulo na Lua é uma tarefa extremamente complexa, quase 60 anos depois da União Soviética ter conseguido pousar o seu módulo lunar, Luna 9, em 3 de fevereiro de 1966.
Já o problema encontrado na nave impediu que ela pudesse se orientar de forma estável em direção ao Sol, o que poderia fazer com que ela não gerasse energia através de seus painéis solares. O incidente causou uma interrupção na comunicação da Deep Space Network da NASA e na ativação do sistema de propulsão da nave.
A Astrobotic afirmou que, caso a falha não fosse corrigida, havia o risco de não conseguir pousar adequadamente na Lua, portanto realizariam uma manobra de emergência para melhorar a situação.