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Legisladores dos EUA colocam Pentágono sob pressão após ausência do secretário de Defesa

Legisladores norte-americanos exigiram respostas após o secretário de Defesa, Lloyd Austin, não ter notificado a Casa Branca de sua hospitalização durante quatro dias. Câncer de próstata seria motivo da internação, segundo o Pentágono.
Sputnik
Os legisladores disseram não estar satisfeitos com a explicação para a sua ausência, de acordo com a agência Bloomberg.
Segundo a mídia, o episódio apresenta um problema para o presidente Joe Biden em um ano eleitoral, destacando a disfunção nos altos comandos da máquina militar dos EUA. Ao mesmo tempo, o mandatário "empurrou" o seu secretário para uma tempestade midiática que levantou questões sobre se ele deveria pedir demissão.

"Dadas as decisões militares extremamente sérias com que os Estados Unidos estão lidando, incluindo ataques às nossas tropas por representantes apoiados pelo Irã, a guerra no Oriente Médio e a agressão contínua da Rússia na Ucrânia, é inexplicável que a condição do secretário permaneça envolta em segredo", disse Susan Collins, senadora republicana e vice-presidente do Comitê de Dotações e do Subcomitê de Defesa, em um comunicado.

O democrata Seth Moulton, membro do Comitê de Serviços Armados da Câmara e ex-oficial da Marinha, disse: "O fato de que isso ocorreu com o secretário de Defesa — e sua própria vice [Kathleen H. Hicks], e muito menos o presidente, não sabia — é surpreendente", afirmou.
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Secretário de Defesa dos EUA está hospitalizado e ainda não há previsão de alta
A deputada republicana Elise Stefanik pediu que Austin renunciasse, e o senador republicano e veterano da Marinha dos EUA J.D. Vance disse que ele deveria ser demitido, relata a agência.
O Pentágono afirmou na segunda-feira (8) que os principais funcionários de Austin sabiam da hospitalização, em 2 de janeiro, mas não notificaram a Casa Branca, o Congresso ou a vice-secretária de Defesa durante vários dias.
Na tarde de hoje (9), o Pentágono emitiu uma nota dizendo que Austin "foi submetido a um procedimento cirúrgico minimamente invasivo no mês passado para tratar um câncer de próstata" e que seu "prognóstico é excelente".
Ontem (8) a Casa Branca reconheceu que Austin cometeu erros, mas disse que a sua posição estava segura, segundo a mídia. O porta-voz do Pentágono, major-general Patrick Ryder, também reconheceu o erro.

"Reconheço que deveria ter tentado aprender mais e pressionar por um reconhecimento público mais precoce. Por isso, peço desculpas e prometo aprender com essa experiência", disse Ryder.

A falta de notificação é incomum para um departamento governamental conhecido pelo seu apego a procedimentos e protocolos, escreve a mídia. Episódios de saúde anteriores envolvendo secretários de Defesa foram relatados quase imediatamente.
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