As políticas da administração norte-americana de Joe Biden ameaçam provocar uma nova crise energética, apesar do crescimento da produção de petróleo e gás dos Estados Unidos, cita na quarta-feira (10) a agência norte-americana Bloomberg.
Segundo o Instituto de Petróleo Americano (API, na sigla em inglês), o principal grupo comercial do setor em Washington, a produção de petróleo dos EUA atingiu um recorde em 2023 e está a caminho de atingir novos máximos neste ano, com dividendos reais para os consumidores americanos e para o setor, mas isso é uma consequência da atividade de administrações anteriores que pode acabar, disse Mike Sommers, presidente da entidade, em uma entrevista de terça-feira (9).
"Apesar do lado positivo do aumento da produção, estamos muito preocupados com as nuvens que se formarão à frente se não adotarmos as políticas certas agora", declarou Sommers.
"Os sinais contínuos desse governo e as políticas que ele está adotando faz com que tenhamos preocupações reais de que isso esteja semeando as sementes para a próxima crise energética", advertiu ele.
O API está pressionando por uma autorização mais rápida de projetos de energia, incluindo licenças para exportar amplamente gás natural liquefeito (GNL) para todo o mundo, e mais oportunidades para buscar a produção em terras federais. Isso inclui o golfo do México, no sul do país, onde o Congresso forçou em 2023 o governo Biden a vender direitos de perfuração. Esse deverá ser o último leilão desse tipo até pelo menos 2025, quando poderá haver limites mais rígidos e menos território disponível para tais projetos.
Ao mesmo tempo, Biden está sob crescente pressão dos ativistas climáticos para bloquear projetos de petróleo e gás, considerados nocivos para um mundo em aquecimento e com a necessidade urgente de reduzir gradualmente o uso de combustíveis fósseis.