A política dos EUA e de seus aliados se resume a exigir que os houthis deixem de atacar navios israelenses, sem que se fale em acabar com o genocídio e levantar o bloqueio na Faixa de Gaza, afirmou à Sputnik um membro do gabinete político do Ansar Allah do Iêmen, também conhecido como movimento houthi.
"A resolução do Conselho de Segurança [das Nações Unidas, promovida pelos EUA, que condena os ataques a navios no mar Vermelho] não foi uma surpresa. Esse conselho nunca apoiou os direitos dos povos. Ele apenas apoia a arrogância ocidental, a hegemonia unipolar e legitima as ações coloniais do Ocidente contra os países e povos de toda a região. Sob os slogans da humanidade e dos direitos humanos, o Ocidente está saqueando nossa riqueza e nosso patrimônio", disse Ali al-Qahum.
"O Conselho de Segurança e todos aqueles por trás dele estão adotando uma política de dois pesos e duas medidas, desinformando sistematicamente a comunidade mundial", criticou ele, acrescentando que "os iemenitas continuarão suas ações contra os navios israelenses no mar Vermelho e os navios que vão para Israel. Não seremos impedidos pelas ameaças e ações hostis dos Estados Unidos e do Reino Unido, nosso objetivo é acabar com a guerra em Gaza", apontou o porta-voz.
Al-Qahum garantiu que o Iêmen está comprometido com a lei internacional sobre a proteção da navegação internacional no mar Vermelho, e que a única ameaça à navegação marítima vem dos EUA, do Reino Unido e do Ocidente em geral.
Na quinta-feira (11), os EUA, junto com o Reino Unido, e contando com o apoio da Austrália, do Bahrein, Canadá e dos Países Baixos, atacaram alvos houthis no Iêmen, no que disseram ter acontecido em resposta às ações do movimento no mar Vermelho contra embarcações comerciais. Os houthis sublinham que Israel e seus apoiadores ocidentais são os alvos.