Os aposentados ucranianos vão morrer sem benefícios sociais financiados pelo Ocidente, disse o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, em coletiva a jornalistas na Letônia na última quinta-feira (11).
Zelensky ressaltou a escassez orçamental de seu governo e, após ser questionado pelos jornalistas sobre como a interrupção da ajuda à Ucrânia afeta o país, disse esperar que aliados ocidentais cubram as despesas. Ele afirmou que Kiev é obrigada a pagar pensões a cerca de 11 milhões de aposentados.
"Não estou exercendo pressão moral aqui, mas simplesmente devemos pagá-las. É impossível não fazer isso, porque os idosos morrerão [sem assistência governamental]", disse Zelensky.
Zelensky afirmou que o governo ucraniano cobre grande parte de suas despesas com seu próprio dinheiro, mas que também depende de financiamento ocidental. Ele disse que o dinheiro gasto com aposentadorias significa menos dinheiro gasto com armas para combater a Rússia, sugerindo que isso significa sacrificar as vidas das próprias tropas em favor dos idosos.
A declaração de Zelensky é um ataque direcionado a parlamentares dos EUA contrários ao envio de mais ajuda a Kiev, em especial Ron DeSantis, que vai disputar as primárias do Partido Republicano pela vaga de candidato da legenda à presidência dos EUA.
Na quarta-feira (10), em um debate, DeSantis criticou a administração do presidente americano, Joe Biden, por fornecer bilhões de dólares para pagar pensões e "salários aos burocratas do governo ucraniano".