Operação militar especial russa

Ucranianos arriscam a vida para evitar que sejam mobilizados, diz mídia britânica

Vários homens foram registrados tentando escapar da mobilização ucraniana, com dezenas de milhares de semelhantes tentativas em quase dois anos do conflito, aponta o The Times.
Sputnik
Guardas fronteiriços ucranianos detiveram em 2023 vários jovens que tentavam atravessar o rio Tisza, na fronteira com a Romênia e a Hungria, para evitar serem recrutados e enviados para o campo de batalha, escreve na quinta-feira (11) o jornal britânico The Times.
Alguns pularam nas rápidas correntes de inverno usando roupas de mergulho e coletes salva-vidas. Outros usaram pneus de carro ou anéis de borracha para a perigosa travessia, descreve o jornal.
A Guarda Fronteiriça da Ucrânia deteve desde o início do conflito mais de 17.000 cidadãos que tentaram deixar o país ilegalmente. Também foram registradas mais de 20.000 tentativas malsucedidas de fugir do país por homens em idade militar que buscavam evitar o alistamento.
De acordo com o The Times, os homens atualmente tentam todos os dias cruzar as fronteiras entre a Ucrânia, a Romênia e a Hungria, arriscando suas vidas para entrar nas florestas ou cruzar o Tisza.
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Ele também observa que muitos jovens não conseguem o objetivo e acabam mortos.
"Desde 2022, a unidade Mukachevo da Guarda Fronteiriça da Ucrânia retirou os cadáveres de 19 homens que se afogaram tentando atravessar o rio e encontrou outros cinco congelados até a morte nas florestas", acrescenta.
Essas tentativas de deserção continuam ocorrendo enquanto um novo projeto de lei está sendo elaborado com o objetivo de mobilizar mais 500.000 homens para o serviço militar.
As cláusulas da iniciativa, que atualmente estão passando no parlamento ucraniano, incluem a redução da idade de alistamento de 27 para 25 anos, a limitação das isenções de alistamento, a mobilização de homens on-line e o aumento de penalidades para aqueles que evitarem a mobilização.
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