"Poderiam a Casa Branca, o Departamento de Estado e o Congresso ignorar a situação do seu cidadão e jornalista norte-americano? Não poderiam, porque as principais figuras públicas norte-americanas chamaram a atenção para o caso durante semanas", disse Zakharova em um programa do canal Rússia-1.
Da mesma forma, a representante oficial do MRE especificou que, levando em conta o montante de fundos disponibilizados por Washington a Kiev, o governo Biden tinha muitas chances de conseguir resgatar o jornalista norte-americano.
O Departamento de Estado norte-americano confirmou a morte de Lira em uma prisão na Ucrânia e enviou condolências aos familiares do jornalista. Lira tinha 55 anos e foi preso pelo Serviço de Segurança da Ucrânia em 5 de maio de 2023, acusado de justificar a operação militar especial russa e, supostamente, divulgar propagandas pró-Rússia em meio ao conflito.
Em seus vídeos, o jornalista também teria criticado a OTAN, o governo Biden e o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky. Lira foi solto em junho do mesmo ano, mas foi preso novamente após tentar deixar a Ucrânia pela fronteira com a Hungria.
"Agora estou tentando deixar a Ucrânia para buscar asilo político na Hungria. Ou atravesso a fronteira e fico seguro ou desapareço por causa do regime de Kiev", publicou o jornalista em sua conta no X, em agosto do ano passado.