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Temporal no RJ causa mortes, deslizamentos, interdita transporte público e desabriga famílias

O temporal que atingiu o estado do Rio de Janeiro entre o sábado (13) e a madrugada do domingo (14) causou estragos. Na capital fluminense, 11 pessoas morreram e serviços de transporte público como ônibus e metrô foram afetados.
Sputnik
A Defesa Civil registrou mais de 30 bolsões d’água nas principais vias da cidade do Rio de Janeiro, além de 15 pontos de alagamento e cinco quedas de árvores. Os bombeiros, por sua vez, atenderam a mais de 180 ocorrências relacionadas às chuvas entre sábado e a manhã deste domingo, em todo o território fluminense, conforme informações do G1.
A Avenida Brasil, na capital, ficou alagada nos dois sentidos, o que ocasionou a interdição da via durante a madrugada e o início desta manhã. Ela foi reaberta às 11h30.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, inclusive chegou a orientar que a via não fosse usada durante a madrugada do domingo.

Mortes e pessoas desaparecidas

De acordo com os bombeiros, uma mulher foi encontrada afogada dentro de casa em Acari, região norte. Em Ricardo Albuquerque, também na região norte, o corpo de um homem foi encontrado soterrado pelas equipes de resgate.
Em São João de Meriti, região metropolitana, um homem morreu em decorrência de uma descarga elétrica. O temporal também causou a morte de duas pessoas no município de Nova Iguaçu e uma em Comendador Soares.
Uma mulher em Belford Roxo está desaparecida. Segundo os militares, o carro dela foi arrastado pela correnteza para dentro de um rio.

Intercorrências no transporte público

Por conta do alagamento na Avenida Brasil, mais de dez linhas de ônibus ficaram fora de circulação.
Já no metrô, problemas nas linhas 1 e 2 foram ocasionados pelas chuvas. As estações Pavuna, Engenheiro Rubens Paiva, Acari Fazenda Botafogo e Coelho Neto foram temporariamente fechadas no início desta manhã.
Na Supervia, a estação Oswaldo Cruz foi fechada por conta de alagamentos.
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Demais ocorrências

De acordo com o G1, ao todo, 29 sirenes foram acionadas em 16 comunidades do Rio. Os moradores foram orientados a deixarem suas casas. Os pontos de apoio já conhecidos nas comunidades foram abertos por agentes comunitários de Defesa Civil.
O Centro de Operações Rio informou que a cidade entrou em estágio operacional número 4, ou seja, o segundo mais alto na escala de riscos. Em Niterói, região metropolitana, o alerta é máximo. Moradores das localidades, inclusive, foram recomendados a evitar deslocamentos neste domingo. A previsão é de mais chuvas.
Em Acari, o Hospital Municipal Ronaldo Gazolla ficou sem energia durante a madrugada. Conforme a mídia, a energia do prédio foi desligada por segurança e os aparelhos passaram a funcionar com bateria própria. O subsolo do hospital, onde funciona a garagem e alguns setores operacionais e de manutenção, foi inundado.
O 9º Batalhão da Polícia Militar, em Honório Gurgel, também na região norte da capital, ficou inundado. Os prejuízos causados pelo incidente ainda estão sendo levantados pelo comando da unidade.
Em Irajá, a Superintendência da Polícia Rodoviária Federal também sofreu avarias. Viaturas, inclusive um blindado, ficaram submersos.
Há registros de desabamento de imóvel, deslizamento de barreira, e ameaças de queda de poste em Nova Iguaçu.
O governador em exercício, Thiago Pamplona, chamou a situação de "desafiadora" e afirmou que as equipes do estado estão mobilizadas para mitigar danos.

Previsão de mais chuvas

A previsão para este domingo na cidade do Rio de Janeiro e região metropolitana é de mais chuvas. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), a previsão é de chuva moderada.
O Centro Estadual de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (CEMADEN - RJ), por sua vez, afirmou que há alerta de risco muito alto de deslizamentos para os seguintes municípios: Duque de Caxias, Mesquita, Nilópolis, São João de Meriti, Niterói, Rio de Janeiro, Queimados e Seropédica.
Em suas redes sociais, Paes agradeceu ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e ao ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes — este, em nome do presidente Lula —, que se colocaram à disposição para ajudar a cidade após os estragos.
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