A divergência entre os dois países se dá no valor pago ao governo do Paraguai pelo kilowatt. Fixado atualmente em US$ 16,71 (R$ 83,33) por kilowatt-mês, o lado do Paraguai defende um aumento de 24%, que passaria para US$ 20,75 (R$ 103,48). Já o Brasil defende a redução ou manutenção do valor atual.
"Nós temos divergências na tarifa, mas estamos dispostos a encontrar uma solução conjuntamente", disse Lula.
Outro ponto de contenção é o Anexo C do Tratado de Itaipu, também conhecido como "Bases Financeiras e de Prestação dos Serviços de Eletricidade". Após 50, o que se deu em abril de 2023, é prevista uma revisão dos termos de comercialização de energia e gestão da hidrelétrica entre ambas as partes.
O impasse entre ambos os países teria levado o Paraguai a segurar fundos da empresa binacional, deixando os funcionários, prestadores de serviço e fornecedores de Itaipu com os pagamentos atrasados.
Segundo Peña, a conversa entre os dois países foi "sincera, aberta e com uma visão construtiva". Uma nova rodada de discussões está prevista para acontecer e, segundo Lula, desta vez o palco será Assunção, capital do Paraguai.