O líder venezuelano enfatizou que essa decisão representaria uma "violação da soberania" regional.
"Os fatores criminosos aliados à direita usam uma nova estratégia para criar o caos nos países, e o império começa a ocupar os países com o Comando Sul, como pretendem agora no Equador, para colocar uma base militar novamente no Comando Sul, o que é uma violação da soberania da América do Sul", declarou Maduro.
O presidente considera a instalação um "erro histórico" que não resolverá a atual situação. Ele ressaltou a importância de buscar soluções eficazes e expressou sua disposição em compartilhar a experiência venezuelana em questões de segurança com o governo equatoriano.
A preocupação de Maduro surge em meio a uma série de eventos violentos no Equador, desencadeados pela fuga de José Adolfo Macías, conhecido como Fito, líder da gangue Los Choneros, ligada ao cartel de drogas de Sinaloa, no México.
Tal evento foi seguido pela fuga de Fabricio Colón Pico, vulgo Capitão Pico, líder da quadrilha criminosa Los Lobos, acusado de participar do plano para assassinar a procuradora-geral do Estado, Diana Salazar.
Esses acontecimentos ocorreram quando Noboa se preparava para lançar a pedra fundamental na construção de prisões de segurança máxima em duas províncias do país como parte de um plano para restaurar a tranquilidade dos cidadãos equatorianos.
O Equador enfrentou um aumento preocupante no número de homicídios dolosos em 2023, ultrapassando a marca de 7 mil casos.