A decisão ocorreu em decorrência da renúncia do primeiro-ministro socialista, António Costa, no início de novembro de 2023.
Portugal enfrentou uma crise política no início de novembro, desencadeada por uma série de prisões e buscas que resultaram no indiciamento do chefe de gabinete de Costa e do ministro de Infraestruturas, ambos envolvidos em um caso de tráfico de influência.
O caso
Em novembro do ano passado, Marcelo Rebelo de Sousa anunciou o desejo de realizar a dissolução do Parlamento e a antecipação das eleições legislativas.
A decisão foi tomada após o primeiro-ministro, António Costa, apresentar sua demissão na última terça-feira (7), quando foi deflagrada uma megaoperação anticorrupção que tem o próprio premiê como um dos investigados.
Investigações
À época, o primeiro-ministro português apresentou sua demissão ao presidente da República após o Ministério Público anunciar que Costa é alvo de uma investigação autônoma do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) sobre projetos de lítio e hidrogênio.
A polícia realizou cerca de 40 buscas na manhã da última terça-feira (7), incluindo a residência oficial de Costa, o Palácio de São Bento, o Ministério das Infraestruturas e o Ministério do Ambiente e da Ação Climática.
O chefe de gabinete do premiê, Vítor Escária, e o empresário Diogo Lacerda Machado, amigo próximo de Costa e encarregado da nacionalização da companhia aérea TAP, foram detidos. As ações se enquadram em uma investigação aos projetos de exploração de lítio em Montalegre, segundo o canal SIC Notícias.