Fornecer € 50 bilhões (cerca de R$ 226,4 bilhões) de uma só vez durante quatro anos prejudicaria gravemente a economia europeia, especialmente porque "não se sabe o que acontecerá em quatro anos", disse o líder húngaro, acrescentando que Budapeste não apoia a ideia de tomar uma decisão sobre um empréstimo conjunto.
A Hungria está pronta para garantir que, "com a ajuda do Parlamento, forneça este montante do orçamento húngaro", que será calculado para cada país com base em indicadores econômicos nacionais, disse Orbán.
Budapeste vai ser forçada a interromper o financiamento da União Europeia (UE) à Ucrânia se o plano húngaro de financiar Kiev fora do orçamento do bloco for rejeitado, disse o primeiro-ministro Viktor Orbán nesta terça-feira.
Orbán falou sobre sua proposta durante uma coletiva de imprensa conjunta com o primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico.
"Esta é uma proposta da Hungria. Se Bruxelas aceitar, os ucranianos receberão assistência externa ao orçamento da UE. E se não [aceitar], então, infelizmente, seremos forçados a parar este processo", disse Orbán.
Em meados de dezembro, o primeiro-ministro húngaro vetou um aumento no orçamento da UE para 2024-2027, incluindo € 50 bilhões em ajuda macrofinanceira para Kiev. Ao mesmo tempo, Orbán não votou contra o lançamento de negociações de adesão ao bloco com a Ucrânia, mas alertou que Budapeste teria "mais 75 oportunidades" para bloquear este processo.
A Comissão Europeia reconheceu que a Hungria já não violava o Estado de Direito e concordou em liberar € 10 bilhões (aproximadamente R$ 53,2 bilhões) em fundos congelados um dia antes de os líderes da UE votarem em uma cúpula para lançar negociações de adesão com a Ucrânia.
Em meados de setembro de 2022, a comissão propôs o lançamento de um mecanismo especial de condicionalidade orçamentária para a Hungria, alegando violações do Estado de Direito no país. O mecanismo bloqueou o fornecimento de cerca de € 7,5 bilhões (cerca de R$ 40 bilhões) à Hungria.