Firmado entre o país e o consórcio, que tem entre seus participantes a gigante chinesa CATL, especializada na fabricação de baterias de lítio para veículos elétricos e sistemas de armazenamento de energia, o contrato prevê a exploração de 2.500 toneladas de carbonato de lítio por um ano.
O investimento chinês será feito em duas etapas, na primeira será construída uma planta piloto de extração direta de lítio na província de Potosí, sudoeste boliviano, onde está o deserto, no valor de US$ 90 milhões (R$ 444,20 milhões).
Na segunda etapa "serão realizados estudos complementares caso os testes funcionem para serem capaz de escalar até um estágio industrial", disse a presidente da YLB, Karla Calderón.
"São passos que estamos dando com um objetivo muito claro, porque não vamos desistir da industrialização do nosso lítio até produzirmos baterias. Todas as empresas que queiram vir para o nosso país têm que vir com o objetivo de se industrializarem", disse o presidente da Bolívia, Luis Arce.
É estimado que o Salar de Uyuni possua entre 50% a 70% das reservas de lítio de todo o mundo. O elemento é de extrema importância nas tecnologias energéticas que vem se apresentando como alternativas aos combustíveis fósseis.
Em dezembro do ano passado, a YLB já havia firmado um acordo ainda maior com a estatal russa Uranium One Group, subsidiária da Rosatom, Nele estão previstas a exploração de 15 mil toneladas e um investimento de US$ 450 milhões (R$ 2,22 bilhões)