O filho do democrata Joe Biden foi intimado por diversas vezes a comparecer ao Congresso Nacional para comentar as acusações de fraude fiscal.
O documento de um tribunal federal da Califórnia já revelou que promotores do país apresentaram pelo menos nove acusações contra Hunter.
"Se Hunter Biden tentar adiar ou se envolver em mais uma conduta pública, podemos e iremos avançar com as acusações de desrespeito", disse Emmer durante coletiva de imprensa.
Para o deputado, o depoimento do filho de Biden é crucial para as investigações na Câmara sobre a possível participação da família do presidente em esquemas de corrupção. Ainda há risco do democrata responder a um processo de impeachment.
Ainda neste mês, representantes de dois importantes comitês da Câmara já reafirmaram a disposição em marcar uma nova data para o depoimento de Hunter Biden e até renunciar a uma possível nova acusação de desrespeito às intimações.
No comunicado, os líderes republicanos do Comitê de Supervisão, James Comer, e do Comitê Jurídico, Jim Jordan, indicaram que insistem em audiências a portas fechadas.
Intimações foram ignoradas 2 vezes por Hunter Biden
Após Hunter Biden ignorar por duas vezes as intimações da Câmara, que tem maioria republicana, foi ventilado o início do processo de responsabilização do filho do presidente por desrespeito, com possível acusação criminal. O caso pode ser votado ainda na próxima semana.
Após isso, o advogado do filho do presidente, Abbe Lowell, enviou uma carta ao Congresso, expressando o consentimento do cliente em comparecer se for novamente convocado.
Suspeitas de fraude fiscal
Em dezembro, promotores federais apresentaram nove novas acusações contra o filho de Joe Biden e alegaram que Hunter se envolveu em um esquema de sonegação de mais de US$ 1 milhão (R$ 4,9 milhões) em impostos, revelou um documento judicial. "O réu se envolveu em um esquema de quatro anos para não pagar pelo menos US$ 1,4 milhão [R$ 6,88 milhões]", disse o texto.
Entre 2016 e 15 de outubro de 2020, segundo o documento, Hunter Biden recebeu mais de US$ 7 milhões (R$ 34,3 milhões) em receita bruta total. O documento também afirma que a Burisma, empresa de gás natural sediada na Ucrânia, concordou em pagar ao réu US$ 1 milhão anualmente, valor que foi reduzido para US$ 500 mil por ano em março de 2017.