Panorama internacional

Milei diz que vai manter 'relação adulta com Lula' visando entrada de Brasil e Argentina na OCDE

O líder argentino estreou em Davos criticando o papel do Estado, o feminismo, a agenda climática e o Ocidente, que "está em perigo", porque governos abraçam o "coletivismo".
Sputnik
O presidente argentino, Javier Milei, participou nesta quarta-feira (17) do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês) e, após o seu discurso, ao ser indagado por jornalistas sobre a relação com o homólogo brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, respondeu que "continuarão a manter uma relação adulta".

Questionado sobre o que seria essa "relação adulta", o mandatário resumiu: "Trabalharmos juntos por nossa entrada na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico [OCDE] e ampliarmos a parceria comercial", disse o líder argentino.

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, sobre o comércio Brasil-Argentina, Milei afirmou que "pretende ampliar a parceria".
A mídia afirma que autoridades argentinas declararam que o mandatário argentino pretende continuar a trabalhar com o Mercosul para reavivar, com vistas a fechar o acordo com a União Europeia, cujas negociações estão paradas. Durante sua campanha, o então candidato disse que o bloco não lhe interessava.
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Essas mesmas autoridades também classificam como "bobagem" a ideia de que poderia haver uma ruptura entre Brasil e Argentina e, da mesma forma, rechaçaram a hipótese de se afastarem da China e do Chile.
Ainda no fórum, Milei afirmou que "o Ocidente está em perigo porque governos abraçaram o coletivismo".

"O Ocidente está em perigo porque naqueles países que deveriam defender o liberalismo, a defesa da propriedade, a liberdade, estão abrindo as portas para o coletivismo", disse o líder citado pelo jornal.

O presidente também afirmou que o Estado "não é solução, mas problema", e classificou o trabalho dos bancos centrais, cuja extinção defende, de "socialista".
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