Os conteúdos do relatório teriam sido utilizados de justificativa pelo ministro Raul Araújo, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ao autorizar os mandados de busca na casa de Vinícius Sarciá, irmão de criação de Castro.
"Há indícios suficientes da prática de crimes, cuja dinâmica envolve a atuação de Cláudio Castro como o agente político", disse o ministro.
O governador do RJ nega as acusações, afirmando que são "infundadas, velhas e requentadas". "Muitas delas já exaustivamente publicadas pela própria mídia", disse a defesa de Castro em nota ao G1.
No relatório da PF, Castro aparece recebendo propinas em diversas ocasiões, como em sua casa, no estacionamento de um shopping na Barra da Tijuca, na casa de um assessor, na sede de uma empresa com contratos com o estado e até mesmo durante uma viagem à Disney, nos Estados Unidos.
Dentre os casos citados na investigação está o da Fundação Leão XIII, órgão do governo para projetos de assistência social. "A hipótese criminal é de que Cláudio Castro teria recebido vantagem indevida, dinheiro em espécie, em troca de sua atuação na ordenação de despesa de pagamento de nota fiscal da empresa Servlog em execução fraudulenta de contratos públicos celebrados com o Estado", disse o juiz citando o relatório da PF.
A Servlog possui uma contratos milionários com a fundação. Seu dono, Flávio Chadud, foi preso na Operação Catarata do Ministério Público do Rio de Janeiro. Outro nome que aparece no documento, Marcus Vinícius Azevedo da Silva, foi preso em 2019 também por acusações de corrupção na fundação.