Ao contestar uma resposta dada por Carroll, a advogada Alina Habba, que defende o ex-presidente, foi repreendida fortemente pelo juiz Lewis Kaplan. O magistrado disse a Habba que "quando você fala neste tribunal ou em qualquer tribunal deste prédio, você se levanta", informou à CNN.
A escritora de 80 anos pede uma indenização de US$ 10 milhões (R$ 49,2 milhões) no processo, ao alegar que foi difamada em 2019 por Trump quando revelou ter sido agredida sexualmente. Na ocasião, o republicano teria dito que Carroll "não é seu tipo".
"Isso significa que eu sou muito feia para ser agredida", disse Carroll ao tribunal nesta quarta-feira (17), acrescentando que estava ali para impedir Trump de "contar mentiras" sobre ela.
Segundo ela, a fala do ex-presidente prejudicou a sua reputação. "Anteriormente eu era conhecida simplesmente como jornalista, e agora sou conhecida como mentirosa, fraude e maluca", alegou.
Trump teria balançado a cabeça quando foi acusado de agressão e ainda conversou com seus advogados durante o depoimento de Carroll, o que levou a reclamações da outra parte ao juiz.
O processo de difamação é separado de outro julgamento que o ex-presidente enfrenta em Nova York, quando foi considerado responsável pelo júri por agredir sexualmente a escritora em um provador de loja em 1994 e, em 2022, afirmar que Carroll era uma "fraude completa".
Julgamento em meio às primárias
Após vencer por uma ampla margem nas prévias de Iowa, o ex-presidente Donald Trump se consolidou como favorito pelo Partido Republicano para as eleições presidenciais deste ano. Na próxima semana, Trump enfrenta as primárias de New Hampshire.