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Governo e Petrobras esperam gerar 30 mil empregos com ampliação de refinaria em Pernambuco

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, participam na tarde desta quinta-feira (18) da cerimônia de retomada de investimentos na Refinaria Abreu e Lima (RNEST), na cidade de Ipojuca (PE), que será ampliada.
Sputnik
Com os projetos previstos de adequação e aprimoramento do parque industrial e da cadeia de abastecimento e logística, a Petrobras e o governo estimam a geração de cerca de 30 mil empregos diretos e indiretos e um acréscimo de cerca de 13 milhões de litros de diesel S10 (de baixo teor de enxofre) por dia à capacidade de produção nacional.
O investimento está previsto no Plano Estratégico 2024–28+ da Petrobras, no âmbito do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC).
A construção do Trem 2 da refinaria tem data para finalização em 2028 e terá capacidade para processar 260 mil barris de petróleo por dia. As obras estão previstas para o segundo semestre deste ano. O novo trem vai aumentar a capacidade de refino nacional e a produção de derivados como gasolina, GLP (gás de cozinha), nafta e, principalmente, diesel S10, reduzindo a demanda por importação.

Transformando enxofre e nitrogênio

O projeto prevê ainda a construção da primeira unidade de abatimento de emissões (SNOX) do refino brasileiro, que será responsável por transformar óxido de enxofre (SOx) e óxido de nitrogênio (NOx) em um novo produto para comercialização.
As obras já estão em andamento, e a unidade começa a operar em 2024. As obras para a ampliação da produção do Trem 1 também estão previstas para começarem neste ano e serem concluídas no primeiro trimestre de 2025. A ampliação vale para carga, escoamento de produtos leves e capacidade de processamento de petróleo do pré-sal.
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A Petrobras prevê investimentos de US$ 17 bilhões (cerca de R$ 82,9 bilhões) em projetos de refino, transporte e comercialização nos próximos cinco anos, para ampliar a capacidade de produção de diesel e aumentar gradualmente a oferta de produtos ao mercado de baixo carbono. Nos próximos anos, o aumento da produção de diesel deve ser de cerca de 40%.
Localizada no Complexo Industrial Portuário de Suape, a Refinaria Abreu e Lima é o principal polo da Petrobras nas regiões Norte e Nordeste e tem fácil acesso por cabotagem aos mercados consumidores, segundo a estatal.
As operações na unidade começaram em 2014, com o primeiro conjunto de unidades (Trem I), 34 anos depois de construída a última refinaria da Petrobras. É a mais moderna já construída pela companhia e contribui para atender à demanda nacional por derivados de petróleo. Entre todas as refinarias brasileiras, apresenta a maior taxa de conversão de petróleo cru em diesel (70%), combustível essencial para a circulação de produtos e riquezas do país.

Retomada após lavajatismo e privatizações

Contratos em torno da RNEST foram um dos primeiros alvos da Lava Jato. No governo de Jair Bolsonaro (2018–2022), vários ativos da empresa foram privatizados e restaram à Petrobras dez refinarias: Abreu e Lima; Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Ceará); Duque de Caxias (Rio de Janeiro), Alberto Pasqualini (Rio Grande do Sul), Gabriel Passos (Minas Gerais) e Presidente Getúlio Vargas (Paraná), além de Capuava, Presidente Bernardes, Refinaria de Paulínia e Henrique Lage, todas em São Paulo.
O Ministério de Minas e Energia da atual gestão anunciou que a empresa brasileira iniciaria negociações para readquirir todas as refinarias privatizadas no governo Bolsonaro.
Há mais de 15 anos, o Brasil é autossuficiente em petróleo, por conta das descobertas do pré-sal, e produz quase 1 milhão de barris de petróleo por dia a mais do que a demanda interna necessita.
Entretanto, o país ainda não atingiu a autossuficiência no refino. Mas os investimentos do Novo PAC na Abreu e Lima e a construção do Polo GasLub Itaboraí, no Rio de Janeiro, prometem aumentar o refino do diesel e o GLP, justamente os derivados que mais demandam importação no Brasil.
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