Suspeita-se que o ato tenha sido uma resposta aos bombardeios realizados pelo Irã no Paquistão na terça-feira (16), que também atingiram locais no Iraque e na Síria. Segundo o governo iraniano, os alvos foram grupos terroristas e um centro do Mossad, agência de inteligência israelense.
O governo do Paquistão condenou os ataques feitos em seu território, alegando a violação de sua soberania. O Ministério das Relações Exteriores do país afirmou ainda que o ato teria "graves consequências".
"É ainda mais preocupante que esse ato ilegal tenha ocorrido, apesar da existência de vários canais de comunicação entre o Paquistão e o Irã", disse o MRE.
Os alvos atingidos pertenceriam ao Exército de Libertação do Baluchistão e à Frente de Libertação do Baluchistão, da etnia balúchi, que opera na região entre os dois países, enquanto os alvos atacados pelo Irã pertenciam ao grupo armado Jaish al-Adl ("Exército da Justiça"), também balúchi.
A escalada de tensões vem em um momento em que ambas as nações enfrentam acusações de abrigar grupos militantes que lançam ataques através dos 900 km de fronteiras compartilhadas entre os dois países.