O grupo foi encontrado em um bairro exclusivo na província de Córdoba, onde buscavam refúgio. Sua prisão desencadeou uma série de eventos no país sul-americano.
Inda Mariela Peñarrieta Tuárez, esposa de "Fito" e líder da quadrilha criminosa Los Choneros, juntamente com seus três filhos, foi deportada para o Equador após serem interceptados em sua residência perto da cidade de Córdoba, a mais de 700 quilômetros a noroeste de Buenos Aires.
Os filhos foram identificados como Michelle Macías Peñarrieta, 21 anos, Ilse María Macías Peñarrieta, 12, e Lian Sejam Macías Peñarrieta, quatro anos. Além deles, outras quatro pessoas próximas ao traficante, cujas identidades não foram divulgadas, foram deportadas no mesmo voo da Força Aérea Argentina.
Os processos judiciais enfrentados por Peñarrieta Tuárez no Equador incluem suposto enriquecimento privado injustificado e crime organizado, este último sendo objeto de investigação pelo promotor César Suárez, recentemente assassinado em Guayaquil.
A ministra da Segurança argentina, Patricia Bullrich, em coletiva de imprensa, destacou o sucesso da operação, mencionando que "o avião já pousou no âmbito de uma operação de alta precisão e qualidade e isso é um orgulho nacional." Ela enfatizou que a Argentina não será um refúgio seguro para gangues de traficantes.
A operação conjunta entre autoridades argentinas e equatorianas foi desencadeada por um alerta das autoridades sobre a presença da família de "Fito" na província de Córdoba. Bullrich revelou que a família tinha um plano premeditado para se estabelecer na Argentina, já que compraram a casa onde foram detectados em novembro do ano passado.
A expulsão ocorreu rapidamente, com a interceptação do grupo na noite de quinta-feira e a deportação na madrugada de sexta-feira. Bullrich ressaltou que o governo argentino decidiu cancelar a residência temporária de todas as pessoas próximas ao traficante antes da expulsão.
Do Equador, o presidente Daniel Noboa ratificou a expulsão e destacou que muitas vezes os familiares estão envolvidos na lavagem de dinheiro e nas operações econômicas dos cartéis.
Embora o caso de Fito seja internacionalmente comparado ao de Pablo Escobar, Noboa sublinhou as diferenças, apontando para a existência de pelo menos dez líderes diferentes de "grupos narcoterroristas" no Equador.
Ele ressaltou que a busca por Macías faz parte de um conflito armado interno contra 22 grupos criminosos financiados pelo tráfico de drogas e mineração ilegal, gerando uma espiral de violência no país.