Panorama internacional

Mar do Sul da China: Filipinas e Canadá assinam acordo de defesa mirando em futuro pacto de tropas

A administração do presidente filipino, Ferdinand Marcos Jr., tem reforçado os laços de segurança com diversos países para combater o que classifica de "comportamento agressivo" da China.
Sputnik
Nesta sexta-feira (19), as Filipinas e o Canadá assinaram um memorando de entendimento sobre cooperação em defesa, uma medida que o chefe da Defesa de Manila pretende transformar em um pacto de tropas entre os dois países.

"Fico feliz em saber que há uma forte intenção de ambos os lados de aprofundar e fortalecer as relações, estabelecendo novos marcos em nossas relações de defesa para culminar, talvez, com o Acordo de Forças Visitantes [VFA, na sigla em inglês]", afirmou o secretário de Defesa, Gilberto Teodoro Jr., em um comunicado citado pelo The Times of India.

Teodoro Jr. não disse que forma assumirá um possível VFA com o Canadá, mas um VFA existente entre Filipinas e Estados Unidos permite a rotação de milhares de soldados americanos dentro e fora das Filipinas para treinamentos de guerra.
O memorando, disse a pasta, impulsionaria a cooperação entre os estabelecimentos militares e de defesa de ambos os países em educação militar, intercâmbio de treinamento, compartilhamento de informações, operações de manutenção da paz e resposta a desastres.
"Os ativos mais fortes que temos são a confiança mútua e a confiança que temos uns nos outros [...] e porque estamos a lidar uns com os outros de uma forma direta, aberta e baseada em regras, essa confiança é reforçada e superará mudanças políticas e os testes do tempo", acrescentou o ministro.
O Canadá apoiou as Filipinas diante da crescente assertividade chinesa no mar do Sul da China, inclusive sobre uma decisão de 2016 do Tribunal Permanente de Arbitragem que afirmava que as reivindicações de Pequim no mar do Sul da China não tinham base legal. A China rejeita essa conclusão.
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Na quarta-feira (17), o ministro da Defesa filipino disse que Pequim tem "discurso de sarjeta", e que Manila está planejando atividades militares ainda "mais robustas" com os Estados Unidos e seus aliados diante de uma China "mais agressiva", conforme noticiado.
As declarações são as mais recentes de uma sucessão de brigas retóricas entre China e Filipinas nos últimos meses.
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