Com o decreto, foi iniciado o "Plano Fênix", pela polícia e o Exército, com o objetivo de combater as organizações criminosas que fizeram quase quadruplicar as taxas de homicídios no Equador.
Entre os dias 9 e 21 de dezembro, foram detidas quase três mil pessoas, sendo 158 acusadas de terrorismo, aponta comunicado da administração do presidente do país, Daniel Noboa.
Só nas últimas 24 horas, 185 pessoas foram detidas pelas forças de segurança. Ao todo, já foram realizadas 31 mil operações no período, sendo 82 de grande escala, com a apreensão de 1.003 armas de fogo, 4.802 explosivos e dispositivos explosivos, quase 36 mil munições, mais de 500 carros, 353 motocicletas e 15 barcos, além de 10,5 toneladas de drogas.
A crise na segurança pública do Equador começou após a fuga de dois líderes de grupos criminosos da prisão de Guayaquil, no início de janeiro.
O presidente Daniel Noboa decretou estado de emergência em 8 de janeiro para mobilizar as Forças Armadas.
Grupos criminosos invadiram até TV
Na noite de 9 de janeiro, criminosos começaram a incendiar carros e ônibus, além de explosões de bombas caseiras. No mesmo dia, um grupo armado invadiu o estúdio do canal de televisão TC, também em Guayaquil. Após isso, Noboa anunciou um 'conflito armado interno' e ordenou que o exército neutralizasse 22 grupos criminosos, que também foram declarados como organizações terroristas.
O atual líder do Equador chegou ao poder com o lema de combater a criminalidade, que assumiu proporções ameaçadoras. Só na última campanha eleitoral, o candidato à presidência pelo movimento político "Construir" (Construye), Fernando Villavicencio, e o líder do movimento político "Revolução Cidadã" na província equatoriana de Esmeraldas, Pedro Briones, foram mortos.