Placas como "A França é um país solidário!" e "Documentos para todos os imigrantes ilegais!" foram erguidas entre o grupo. Os opositores à nova lei buscam influenciar o Conselho Constitucional do país, que deve se pronunciar em 25 de janeiro sobre a constitucionalidade da nova regra.
A marcha foi convocada por sindicatos, personalidades culturais, científicas e religiosas, além de numerosas associações e partidos de esquerda.
Em todo o país, foram realizadas cerca de 160 manifestações contra a lei na França. Segundo estimativas dos organizadores, 25 mil pessoas participaram da manifestação em Paris, 2.500 em Marselha, entre 2.300 e 3.000 em Lyon e 1.600 em Rennes. Mais de 400 coletivos, associações, sindicatos e partidos convocaram manifestações.
Lei pode ser considerada inconstitucional
No final de dezembro, o Parlamento francês aprovou a lei Darmanin, apesar de algumas de suas cláusulas poderem ser consideradas inconstitucionais, conforme reconhecido pela ex-primeira-ministra Elisabeth Borne.
A controversa legislação gerou fortes protestos entre os políticos do país e divisões no governo. O ministro da Saúde, Aurelien Rousseau, renunciou devido à norma, e várias regiões anunciaram que não aplicarão a lei Darmanin.
A nova lei de asilo e migração contempla diversas medidas para fortalecer a deportação de imigrantes irregulares. O texto permite legalizar a permanência daqueles estrangeiros que podem encontrar emprego em setores onde há escassez de trabalhadores franceses.
O texto também quer endurecer as regras de estadia na França com um visto familiar e exigir exame de proficiência em francês para aqueles que vêm ao país com o propósito de reunificação familiar.