Panorama internacional

Rússia: dimensão de exercícios da OTAN marca 'retorno final' aos 'esquemas da Guerra Fria'

As manobras militares na Europa, que contarão com a participação de cerca de 90.000 efetivos, "são outro elemento da guerra híbrida desencadeada pelo Ocidente contra a Rússia", disse o vice-chanceler russo.
Sputnik
A dimensão do exercício militar da OTAN marca o retorno final e irrevogável do bloco militar aos esquemas da Guerra Fria, afirmou o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Aleksandr Grushko, à Sputnik.
Anteriormente, Christopher Cavoli, comandante-chefe da OTAN na Europa, anunciou que a aliança começaria o Steadfast Defender-2024, o "maior exercício em décadas". Cerca de 90.000 soldados estarão envolvidos. O exercício durará vários meses.
"Esses exercícios são outro elemento da guerra híbrida desencadeada pelo Ocidente contra a Rússia. A realização de exercícios dessa dimensão – 90 mil homens e com a participação de 31 países, marca um retorno final e irrevogável da OTAN aos esquemas da Guerra Fria, quando o processo de planejamento militar, os recursos e a infraestrutura eram aprimorados para o confronto com a Rússia", disse Aleksandr Grushko.
Ele observou que "de fato, é exatamente isso que os exercícios foram projetados para alcançar".
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"Será conduzida toda uma gama de manobras e exercícios para elaborar possíveis cenários de confronto com um 'inimigo equiparável' em todos os ambientes operacionais e em todos os teatros de operações na zona de contato", explicou o vice-ministro.
Ele considerou de assinalar que "os preparativos para o exercício estejam ocorrendo em um ambiente de psicose militar suscitado artificialmente. Foram feitas declarações irresponsáveis sobre uma possível guerra com a Rússia, para a qual os habitantes da Europa 'devem se preparar', pelo ministro da Defesa alemão, pelo comandante em chefe sueco e pelo presidente do Comitê Militar da OTAN".
"O objetivo é claro: demonizar a Rússia e assustar os cidadãos comuns, para justificar o crescimento desenfreado dos gastos militares e a política completamente fracassada de apoio ao regime de Kiev, a fim de infligir uma derrota estratégica à Rússia. E, ao mesmo tempo, forçar os europeus a participar da corrida armamentista de forma ainda mais vigorosa, para o deleite do complexo militar-industrial dos EUA", concluiu Grushko.
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