Panorama internacional

UE cogita lançar missão de segurança no mar Vermelho

Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE) concordaram, "a princípio", em lançar uma missão de segurança conjunta no mar Vermelho, afirmou o chefe da política externa da UE, Josep Borrell, nesta segunda-feira (22).
Sputnik

"O mar Vermelho esteve no centro da nossa discussão. Acordamos, a princípio, em estabelecer operações de segurança marítima da UE e discutir as várias opções dessas missões", disse Borrell em coletiva de imprensa após reunião do Conselho de Relações Exteriores da UE.

No último domingo (21), o Reino Unido anunciou que planeja gastar US$ 514 milhões (cerca de R$ 2,5 bilhões) para modernizar o sistema de mísseis antiaéreos Sea Viper que as forças britânicas usaram para abater drones no mar Vermelho, em meio à deterioração da situação na região do Oriente Médio.
Em novembro, os houthis, grupo rebelde do Iêmen, anunciaram que atacariam qualquer navio associado a Israel no mar Vermelho até que parem os ataques à Faixa de Gaza pelas Forças de Segurança de Israel (FDI).
Na semana passada, os EUA e o Reino Unido iniciaram ataques aéreos contra posições houthis no Iêmen para destruir as possíveis instalações e a capacidade de combate do grupo.
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Conflito Israel × Hamas: o princípio de tudo

A ofensiva israelense contra o grupo palestino na Faixa de Gaza já ultrapassa quatro meses com mais de 26 mil mortos de ambos os lados, sendo mais de 23 mil do lado palestino, 70% mulheres e crianças e mais de 60 mil feridos.
Em 24 de novembro de 2023, o Catar mediou um acordo entre Israel e o Hamas sobre uma trégua temporária e a troca de alguns dos prisioneiros e reféns, bem como a entrega de ajuda humanitária à Faixa de Gaza. O cessar-fogo foi prorrogado várias vezes e expirou em 1º de dezembro de 2023.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu só encerrar a guerra na Faixa de Gaza quando os membros do Hamas forem mortos. Já a comunidade internacional denuncia que não há "clareza" sobre os objetivos do governo de Israel, acusado de inúmeros crimes de guerra e investigado por possível genocídio.
Netanyahu declarou a um veículo de imprensa local no último domingo (21) que já foram libertados 110 reféns e descartou qualquer cessar-fogo nas hostilidades com o Hamas no território de Gaza.
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