"O cenário principal, baseado na realidade da situação, prevê que Kiev não controlará todos os territórios que fazem parte das fronteiras internacionalmente reconhecidas da Ucrânia. Aqueles que insistem nisso e o consideram a principal condição para a paz estão se iludindo. Aqueles que entendem que a Ucrânia será dividida e reduzida olham as coisas com sobriedade", afirma Drulak.
Segundo ele, a Ucrânia, que tem perdido o apoio ocidental, continuará a se "desmoronar" no decorrer do conflito com a Rússia, se seus aliados não a forçarem a fazer concessões.
"O momento da verdade virá. Não sei quando isso acontecerá: em alguns meses, ainda este ano ou no próximo ano, mas é claro que isso acontecerá e que a Ucrânia não será preservada […]. É aí que o momento da verdade virá. Da mesma forma, em um determinado momento, o Ocidente abandonou o Afeganistão e, antes disso, o Iraque. Agora algo semelhante aguarda a Ucrânia", concluiu Drulak.
Moscou manifestou repetidamente a sua disponibilidade para negociações de paz, mas as autoridades de Kiev proibiram a nível legislativo quaisquer negociações. O Kremlin também observou que na situação atual não há condições para a paz, e que alcançar os objetivos da operação especial continua sendo uma prioridade absoluta para Moscou. O presidente russo Vladimir Putin já destacou que Moscou nunca se opôs às negociações de paz, mas que o outro lado também deve se mostrar disponível, o que não vem acontecendo.