"Neste momento, o Conselho não tem conseguido responder a esse desafio constante, e sabemos a razão: é a posição dos Estados Unidos, que bloquearam esforços e iniciativas para evitar o derramamento de sangue nos territórios ocupados", disse o oficial russo acusado.
Durante a fala, no Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU), realizada nesta terça-feira (23), o chanceler também sinalizou que Israel não deveria ser contrário à solução de dois Estados.
"Estamos preocupados com o fato de a liderança israelense questionar esta fórmula", disse Lavrov.
Gaza: consultas ministeriais
Lavrov expressou a necessidade de realizar consultas aos ministros de Relações Exteriores dos países para solidificar as decisões tomadas pelos principais atores regionais e formular medidas práticas de apoio à restauração da unidade palestina.
"Deveríamos convocar consultas a nível ministerial para consolidar as decisões dos principais intervenientes regionais e apresentar medidas práticas em apoio à restauração da unidade palestina", sugeriu.
O objetivo de tal conferência, segundo o chanceler russo, seria a proclamação de "um Estado palestino apresentando medidas para garantir uma segurança confiável para Israel e a normalização das relações de Israel com todos os estados árabes e também com os estados muçulmanos como um todo".
França: Israel não deveria decidir destino de palestinos
O premiê francês, representante do país no CSNU, Stephane Sejourne, disse que não cabe à Israel decidir o destino dos palestinos.
"Não deveria caber a Israel decidir sobre o destino da população palestina em Gaza, onde deveriam viver nas suas terras", disparou Serjoune.