O Ocidente não está interessado nas negociações entre a Rússia e a Ucrânia, e é absolutamente certo que é Washington que dá as ordens, afirmou ontem (22) o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, ao discursar no Conselho de Segurança da ONU.
"A decisão do presidente [da Ucrânia Vladimir] Zelensky de proibir conduzir conversações de paz entrou em um período em que Kiev está se encurralando, e a incapacidade de iniciar conversações de paz dia após dia está enfraquecendo a Ucrânia. A sociedade deve entender que os EUA não vão apoiar a Ucrânia para sempre e que deve estar preparada para todas as consequências negativas", disse por sua vez o analista turco Engin Ozer.
"De fato, na Ucrânia recentemente começaram a surgir reações contra o Ocidente, mas não está certo culpar os países europeus e a Aliança Atlântica. As guerras são conduzidas nas frentes de batalha, mas a diplomacia muitas vezes traz dividendos à mesa de negociações, e as conversações de Istambul são um bom exemplo disso. O governo de Kiev não conduziu adequadamente o processo de resolução diplomática e agora está passando pelas consequências", acrescentou o especialista.
Moscou tem repetidamente indicado que está pronta para negociações, mas Kiev introduziu uma proibição a nível legislativo sobre elas.