"Existe na sociedade argentina a expectativa que os planos podem dar certo, as pessoas vão pagar para ver, e elas vão pagar para ver porque a maioria votou no Javier Milei sabendo dessas políticas radicais que seriam implementadas".
"É claro que com a crise econômica vai haver imigração de argentinos para o Brasil, mas não num número que possa prejudicar ou causar algum efeito realmente sensível no nosso mercado de trabalho."
"Em 2001, a Argentina teve uma crise muito grande, tão grande ou maior do que a gente está vendo hoje em dia. Isso não gerou nenhuma onda migratória significativa para o Brasil naquele momento, ao contrário do que aconteceu, por exemplo, com países como Espanha e Itália", recorda o pesquisador.
"O que pode acontecer é o plano [econômico] não dar certo e infelizmente a Argentina cair na mesma magia que caiu nos últimos dez governos, que é manter os subsídios, déficits fiscais, regras de exportação, controle de dólares. Assim você controla artificialmente a economia e as pessoas vão sobrevivendo dessa maneira", analisa o economista.