O acordo, assinado durante reunião em Assunção, estabelece que "os ministros dos Estados-partes comprometeram seu apoio técnico no processo de incorporação da Bolívia ao Mercosul, nos termos das disposições do Protocolo de Adesão e da normativa relacionada ao processo de incorporação de Estados-partes ao Mercosul".
No encontro regional, os ministros das Relações Exteriores discutiram a situação atual do bloco, bem como as perspectivas futuras do Mercosul, tanto em âmbito interno quanto em seu relacionamento externo.
Os ministros concordaram sobre o papel da logística e do transporte multimodal para a competitividade do comércio exterior do bloco, destacando a importância do acordo de Santa Cruz de la Sierra, que consagra a hidrovia Paraguai-Paraná como um eixo de desenvolvimento e integração regional.
Quanto às negociações externas, foi enfatizado que será uma prioridade concluir os aspectos pendentes das negociações com a União Europeia e alcançar a assinatura de um acordo equilibrado para ambas as partes o mais breve possível.
De acordo com o protocolo de adesão, a Bolívia deverá assumir compromissos, como o estabelecimento da taxa alfandegária comum do Mercosul, cobrada pelos membros do bloco a países terceiros, e a nomenclatura do Mercado Comum do Sul, entre outras obrigações.
Para adotar esses compromissos e outros em diferentes áreas, a Bolívia terá um prazo de quatro anos. O Mercosul é composto por Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, Venezuela e Bolívia.