A delegação houthi, liderada por Mohammad Abdul Salam, foi recebida pelo vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Bogdanov.
"Discutimos a situação na região, especialmente o genocídio condenado por nós em Gaza, e a necessidade de intensificar os esforços internacionais para pressionar os Estados Unidos e Israel a encerrá-lo", observou Abdul Salam.
Para o representante, os EUA deveriam "parar a agressão contra Gaza e enviar ajuda humanitária, em vez de provocar a militarização do mar Vermelho".
Além disso, de acordo com o chefe da delegação houthi, as discussões em Moscou também abordaram os "últimos acontecimentos nas negociações com a Arábia Saudita, mediadas pelo Sultanato de Omã em relação ao desenvolvimento do processo político iemenita".
O movimento Ansar Allah, que controla a maior parte da costa do mar Vermelho do Iêmen no norte, já havia alertado sobre a intenção de atacar quaisquer navios associados a Israel, pedindo que outros países retirem suas tripulações e evitem se aproximar da região. A medida ocorreu em retaliação à guerra em Gaza.
Segundo os houthis, as ações no mar Vermelho visam ajudar os palestinos e não prejudica a liberdade de navegação na região. Porém, nas últimas semanas, os Estados Unidos e o Reino Unido iniciaram uma operação militar na região, o que pode provocar uma escalada do conflito para toda a região.
O membro do Conselho Político Superior de Ansar Allah, Muhammad Ali al-Houthi, chamou as medidas de barbárie terrorista e agressão intencional e injustificada.