"Hoje os Acordos de Barbados foram mortalmente feridos, eles estão em tratamento intensivo [...] se Deus quiser [...] se pudermos salvar os acordos e através do diálogo avançar com acordos sérios de consenso nacional [...] sem planos sinistros, sem planos para me matar", disse Maduro, cuja declaração foi transmitida na rede social X.
Pelo menos 32 pessoas foram presas pelas autoridades venezuelanas na última segunda-feira (22), acusadas de participarem de um complô para assassinar Maduro.
O procurador-geral do país, Tarek William Saab, declarou que os suspeitos participaram de cinco planos de conspiração, planejados desde maio de 2023 para matar o presidente, o ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, e outras lideranças governamentais, além de atacar instalações militares.
López, afirmou, em coletiva de imprensa transmitida ao vivo nas redes sociais, que a petrolífera norte-americana ExxonMobil financia as tentativas de assassinato do presidente Nicolás Maduro reveladas pelo governo, com o objetivo de tomar o território de Essequibo, em disputa com a Guiana.
Na última quarta-feira (17), autoridades das forças de segurança da Venezuela prenderam um homem suspeito de estar envolvido na conspiração. De acordo com a nota oficial do governo, o venezuelano Víctor Venegas fazia parte de um "núcleo que buscava transformar o Estado no epicentro de ações violentas".
Acordos de Barbados
O governo venezuelano e membros da oposição de direita retomaram as negociações formais em Barbados, no Caribe, no dia 17 de outubro de 2023 com a assinatura de acordos parciais para promover direitos políticos e garantias eleitorais, bem como para proteger os ativos do país no exterior.
O Tesouro dos EUA anunciou posteriormente a emissão de licenças gerais por um período de seis meses, que permitem algumas transações com o setor de petróleo e gás da Venezuela e interação com a mineradora de ouro Minerven.
Além disso, o Tesouro suspendeu uma proibição secundária à negociação de determinados títulos soberanos, obrigações de dívida e ações da PDVSA. A flexibilização das sanções dos EUA contra a Venezuela não afetou os ativos congelados da petrolífera CITGO, bem como de empresas associadas à Rússia.