Panorama internacional

Rússia reorienta as exportações de gás para novos mercados com ênfase na Ásia-Pacífico

A Rússia vai continuar a reorientar as suas exportações de gás para novos mercados, com ênfase na região da Ásia-Pacífico e a aumentar os fornecimentos através do gasoduto Power of Siberia (Força da Sibéria), disse o vice-primeiro-ministro russo Aleksandr Novak, nesta quinta-feira (25).
Sputnik
"A reorientação das exportações de gás russo para novos mercados continua, com ênfase no reforço da cooperação com os países da região da Ásia-Pacífico. Estamos aumentando rapidamente as exportações de gás para a China através do Power of Siberia, o projeto da rota do Extremo Oriente que está sendo implementado com uma capacidade de dez bilhões de metros cúbicos de gás por ano, e o projeto do gasoduto Power of Siberia 2 através da Mongólia, com capacidade de 50 bilhões de metros cúbicos de gás por ano, está sendo elaborado", escreveu Novak em um artigo para a revista Energy Policy.
Está previsto que as exportações de gás da Rússia via Power of Siberia cresçam 11%, para 108 bilhões de metros cúbicos, em 2024, principalmente graças ao aumento do fornecimento de gás através do gasoduto, enquanto as exportações de gás natural liquefeito (GNL) deverão aumentar 14%, para 38 milhões de toneladas, diz o artigo escrito por Novak.
Em 2023, a gigante energética russa Gazprom forneceu 22,7 bilhões de metros cúbicos de gás à China através do gasoduto Power of Siberia — o principal gasoduto entre os dois países — o que representa 700 milhões de metros cúbicos acima dos compromissos contratuais da empresa e 1,5 vez mais do que em 2022. Em 2024, o fornecimento do Power of Siberia pode aumentar para até 30 bilhões de metros cúbicos, disse o ministro da Energia russo, Nikolai Shulginov, à Sputnik em setembro de 2023.
A Rússia e a China também estão atualmente negociando a construção do gasoduto Power of Siberia 2, que seria capaz de fornecer 50 bilhões de metros cúbicos por ano à China através da Mongólia.
Panorama internacional
Scholz usa discurso de Ano Novo para abordar o conflito na Ucrânia e acusa a Rússia de corte de gás
Comentar