A controvérsia gerou um impasse nas relações bilaterais, resultando na convocação do embaixador colombiano na Argentina para consultas.
A pasta emitiu um comunicado oficial expressando seu desagrado em relação às palavras de Milei. "Em nome do governo da Colômbia, o ministro das Relações Exteriores apresenta seu mais enérgico protesto contra as declarações desrespeitosas e irresponsáveis do presidente da República Argentina, senhor Javier Milei, contra o presidente Gustavo Petro."
A declaração do governo colombiano destacou que tais comentários "atacam a honra do presidente, que foi eleito de forma democrática e legítima".
Além disso, ressaltou que as palavras de Milei "ignoram e violam os profundos laços de amizade, compreensão e cooperação que existem historicamente e uniram a Colômbia e a Argentina por mais de dois séculos".
Como resposta às declarações polêmicas, o governo convocou o embaixador Camilo Romero, representante diplomático da Colômbia na Argentina, para consultas.
Em seu relato oficial, Romero caracterizou Milei como "hipócrita" e destacou que as diferenças ideológicas não deveriam prejudicar os interesses regionais e diplomáticos.
"Milei é um hipócrita. Embora hoje peça aprovação ao nosso governo para seu novo embaixador na Colômbia, ele chama o presidente Petro de assassino. Ele já havia atacado Lula e até o Papa Francisco. Podemos pensar diferente, mas a região e a fraternidade histórica dos nossos povos devem estar acima das diferenças."
Javier Milei, defensor do liberalismo e ferrenho oponente do Estado, assumiu a presidência da Argentina em 10 de dezembro de 2023.