Panorama internacional

Homens armados no Irã matam 9 paquistaneses e deixam 3 feridos dias após ataques de mísseis

Ação acontece em meio aos esforços dos dois países para consertarem laços após ataques retaliatórios na semana passada. As mortes de hoje (27) ocorreram na mesma parte da fronteira em que foram lançados os ataques, na agitada província de Sistão-Baluchistão.
Sputnik
Neste sábado (27), homens armados não identificados mataram nove trabalhadores paquistaneses no Irã, disseram o embaixador do Paquistão e um grupo de direitos humanos.

"Profundamente chocado com o horrível assassinato de nove paquistaneses em Saravan. A embaixada estenderá total apoio às famílias enlutadas. Pedimos ao Irã que estenda a cooperação total nesta matéria", disse o embaixador do Paquistão em Teerã, Muhammad Mudassir Tipu, citado pela agência Reuters.

O grupo de direitos humanos Haalvash afirmou que as vítimas eram trabalhadores paquistaneses que viviam em uma oficina mecânica onde trabalhavam. Outros três ficaram gravemente feridos, disse.
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A mídia estatal do Irã identificou os mortos apenas como cidadãos estrangeiros e declarou que nenhum indivíduo ou grupo assumiu a responsabilidade pelos tiroteios em Saravan, na agitada província de Sistão-Baluchistão.

"É um incidente horrível e desprezível e nós o condenamos inequivocamente. Estamos em contato com as autoridades iranianas e sublinhamos a necessidade de investigar imediatamente o incidente e responsabilizar os envolvidos", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Paquistão, Mumtaz Zahra Baloch.

Os tiroteios ocorreram quando os embaixadores do Paquistão e do Irã estavam retornando aos seus postos depois de serem chamados de volta quando os países vizinhos trocaram ataques com mísseis na semana passada, visando o que cada um deles disse serem alvos militantes, ressalta a mídia.
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A empobrecida região do Sistão-Baluchistão tem sido palco de confrontos esporádicos entre forças de segurança e militantes separatistas e contrabandistas que transportam ópio do Afeganistão, o maior produtor mundial da droga.
A agência britânica ainda afirma que o Irã tem alguns dos preços de combustível mais baixos do mundo e isto também levou ao aumento do contrabando de combustível para o Paquistão e o Afeganistão, apesar da repressão por parte dos guardas de fronteira iranianos.
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