A União Europeia (UE) está se preparando para um possível cenário em que a Ucrânia não prorrogue o acordo sobre o trânsito de gás russo para a Europa, de acordo com fontes citadas na sexta-feira (26) pela agência norte-americana Bloomberg.
Anteriormente, a mídia ucraniana citou fontes do governo ucraniano que indicavam que Kiev não prorrogará o acordo sobre o trânsito de gás russo para a Europa, que expira no final de 2024, a não ser que o destinatário alugue a capacidade do sistema de transporte de gás ucraniano.
Segundo as fontes, a Comissão Europeia está supostamente partindo do fato de que "até mesmo os países mais dependentes dos suprimentos russos, incluindo a Áustria e a Eslováquia, serão capazes de encontrar fontes alternativas no caso de um corte no fornecimento".
A Comissão Europeia realizou uma análise preliminar dos possíveis cenários caso o acordo não seja prorrogado, "incluindo a modelagem da capacidade de outras interconexões, como o TurkStream, para ajudar a compensar qualquer déficit", escreve a Bloomberg.
A Comissão Europeia deverá discutir a questão com os Estados-membros da UE em fevereiro, antes de o plano ser formalmente apresentado aos ministros de Energia em uma reunião em Bruxelas no dia 4 de março, continua a agência.
Uma fonte da Bloomberg notou igualmente que os países e empresas cujos contratos não expiram no final de 2024 poderão garantir o trânsito de gás pela Ucrânia. Em particular, a Rússia poderia fornecer gás para a fronteira ucraniana, após o que uma organização europeia concluiria um acordo com a operadora do sistema de transporte de gás de Kiev para transportá-lo aos países mais dependentes do gás russo: a Áustria, Eslováquia ou a República Tcheca.