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Quantidade ou qualidade? Marinha dos EUA reduz padrões de entrada para atingir meta de recrutamento

A Marinha dos EUA conseguiu recrutar menos de 32.000 pessoas das cerca de 38.000 esperadas para 2023, com o objetivo subindo agora para 40.600, obrigando o ramo militar a tomar medidas drásticas.
Sputnik
A Marinha dos EUA está começando a alistar pessoas que não concluíram o ensino médio para atingir as metas de alistamento, informou na sexta-feira (26) a agência norte-americana Associated Press (AP).
De acordo com o novo plano, os recrutas da Marinha sem credenciais educacionais poderão se alistar desde que obtenham 50 pontos ou mais no teste de qualificação, de um máximo de 99. A última vez que o serviço aceitou indivíduos sem credenciais educacionais foi em 2000.
"Milhares de pessoas vêm aos nossos centros de recrutamento todos os anos para se alistar na Marinha, mas não têm qualificações educacionais e nós simplesmente as recusamos", disse à AP o vice-almirante Rick Cheeseman, chefe de gabinete da Marinha.
A meta de recrutamento de 2023 era de 37.700 pessoas, mas apenas 31.834 se alistaram. Agora, a meta é recrutar 40.600 candidatos este ano. A força total da Marinha dos EUA é de 337.800 efetivos.
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A Marinha é o único serviço que recruta e agora admite recrutas da categoria quatro, ou seja, aqueles que obtiveram 30 pontos ou menos no teste de qualificação. Os outros serviços resistiram amplamente a essas mudanças.
A decisão segue uma iniciativa de dezembro de 2022 para aceitar mais recrutas com pontuação muito baixa no Teste de Qualificação das Forças Armadas dos EUA.
Carlos del Toro, secretário da Marinha dos EUA, recomendou na sexta-feira (26) que o Reino Unido invista mais em sua Marinha, e também em reforçar suas Forças Armadas, à luz dos recentes acontecimentos globais.
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