"Gostaria de sublinhar que a última vez que tivemos um Schengen europeu desse tipo foi na Alemanha de Hitler, e esta ocupou a Europa durante a Segunda Guerra Mundial. E podemos falar de ocupação, uma vez que países como a Finlândia e a Suécia foram arrastados para a OTAN sem o consentimento de seu povo. Isso vale especialmente para os finlandeses, porque eles têm uma longa tradição de neutralidade. Os suecos também têm, mas, ao contrário dos suecos, o sentimento antirrusso na Finlândia praticamente não existia. E essa história de que eles foram 'vendidos' sem um referendo, sem que o seu povo tivesse realmente uma palavra democrática sobre o assunto, foi a sua adesão à OTAN", afirmou o pesquisador.
"A aliança sempre considerou o nosso país um suposto adversário imaginário. Agora considera abertamente o nosso país um adversário óbvio. Essa [declaração] nada mais é do que [uma tentativa de] atiçar tensões na Europa que teriam consequências", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a repórteres no dia 24 de novembro. Segundo ele, Moscou responderia adequadamente se uma proposta de um espaço Schengen militar se tornasse realidade.
"Vemos a repetição do discurso sobre como 'a civilização europeia está ameaçada pelas hordas asiáticas'. Eles não usam a palavra 'asiática' hoje, mas estão falando sobre o 'Eurodefender' ou a 'resposta nórdica'. Quero dizer, toda essa formulação nórdica tem a ver com o neopaganismo que está intimamente ligado ao neonazismo da frente ucraniana. Basicamente, há muitas analogias que estão sendo feitas com a Alemanha de Hitler pelos países ocidentais, pela OTAN, especificamente", disse o acadêmico.