A reunião em Riad foi organizada pelo conselheiro de Segurança Nacional da Arábia Saudita, Musaed bin Mohammed al-Aiban, acompanhado pelo chefe do Serviço Geral de Inteligência palestino, Majed Faraj, e seus homólogos egípcio e jordaniano, disseram as fontes.
As autoridades sauditas, egípcias e jordanianas teriam dito a Faraj que a Autoridade Palestina precisava de reformas para renovar a sua liderança política. Eles também pediram que, se um novo governo palestino fosse criado, seu novo primeiro-ministro deveria ganhar alguns dos poderes que nos últimos anos estiveram nas mãos do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, informou a mídia.
Os três funcionários também enfatizaram que as mudanças eram necessárias para trazer a Autoridade Palestina de volta à administração da Faixa de Gaza após o período de transição pós-conflito.
Segundo a apuração, o conselheiro de Segurança Nacional saudita expressou a disponibilidade do seu país para trabalhar na normalização com Israel em troca de medidas israelenses para o estabelecimento de um Estado palestino.
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu já rejeitou anteriormente a possibilidade de a Faixa de Gaza ficar sob o controle da Autoridade Palestina assim que as hostilidades terminarem.
Em diversas ocasiões, Netanyahu se manifestou contra a solução de dois Estados, que procura criar um Estado palestino independente na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. No dia 20 de janeiro, o primeiro-ministro israelense recorreu às redes sociais para reiterar que o seu país não "comprometeria o controle total da segurança" sobre todo o território a oeste do rio Jordão, que admitiu ser "contrário a um Estado palestino".
Em 7 de outubro, o movimento palestino Hamas lançou um ataque de foguetes em grande escala contra Israel a partir da Faixa de Gaza, enquanto os seus combatentes violavam a fronteira, atacando tanto bairros civis como bases militares. Como resultado, mais de 1.200 pessoas em Israel foram mortas e cerca de 240 foram raptadas. Israel lançou ataques retaliatórios, ordenou um bloqueio total de Gaza e iniciou uma incursão terrestre no enclave palestino com o objetivo declarado de eliminar os combatentes do Hamas e resgatar os reféns. Mais de 26.400 pessoas foram mortas até agora na Faixa de Gaza, segundo as autoridades locais.
Em 24 de novembro, o Catar mediou um acordo entre Israel e o Hamas sobre uma trégua temporária e a troca de alguns dos prisioneiros e reféns, bem como a entrega de ajuda humanitária à Faixa de Gaza. O cessar-fogo foi prorrogado várias vezes e expirou no dia 1º de dezembro. Acredita-se que mais de 100 reféns ainda estejam detidos pelo Hamas em Gaza.