"Temos um grupo de especialistas estudando vários temas, incluindo moedas digitais e a interação de sistemas de pagamento. Este ano queremos focar mais nas liquidações em moedas nacionais", afirmou Nabiullina.
Em 1º de janeiro, a Rússia se tornou presidente do BRICS. A presidente do banco russo destacou que os reguladores também prestarão atenção ao desenvolvimento de tecnologias financeiras.
"Queremos discutir a automatização dos sistemas de identificação transfronteiriços. Esse tema é muito prático — permitirá que as pessoas recebam rapidamente serviços financeiros em outro país do BRICS", acrescentou ela.
Outro tema de sua agenda é a segurança cibernética no setor financeiro. Segundo Nabiullina, o Banco Central quer convidar parceiros para realizar exercícios cibernéticos transfronteiriços.
A participação dos países do BRICS no ano passado aumentou de 31% para 35% do produto interno bruto (PIB) mundial, em paridade de poder de compra, superando a participação do G7, conforme afirmou ela.
O BRICS é composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Durante a cúpula de Joanesburgo, em agosto de 2023, foi decidido convidar Argentina, Egito, Irã, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita para a organização. Posteriormente, a Argentina se recusou a participar da união. A adesão plena dos novos países à organização começou em 1º de janeiro de 2024.
Ao todo, os dez países têm uma população de 3,6 bilhões de pessoas — quase metade do total global e mais de 40% da produção mundial de petróleo. Além disso, juntas as nações representam cerca de um quarto das exportações mundiais de bens.