O ex-presidente falava em 15 de janeiro nas margens do Fórum Econômico Mundial de Davos. No entanto, de acordo com jornal polonês Mysl Polska, as principais mídias "não notaram" essas declarações porque elas iam totalmente contra a propaganda antirrussa do Ocidente. Neste contexto, Klaus mais tarde postou o texto do discurso em seu site.
"Esta guerra começou em 4 de abril de 2008. Naquele dia, na cúpula da OTAN em Bucareste, foi tomada uma decisão de aceitar a Ucrânia e a Geórgia na OTAN. Estive presente nesse evento, estava lá e já sabia que era um erro trágico. Tentei me opor a isso. Esta decisão foi forçada pelos EUA, apesar da oposição da maioria dos países participantes, e apesar das posições da Alemanha e da França", declarou o ex-líder tcheco.
De acordo com ele, mesmo o então embaixador dos EUA em Moscou, William Burns, alertou a liderança de que tal passo ultrapassaria todas as "linhas vermelhas" para a Rússia.
O ex-presidente expressou sua convicção de que o principal objetivo da Rússia era impedir que a Ucrânia ingressasse na OTAN, não sua "ocupação". É por isso, segundo Klaus, que a Rússia introduziu apenas um contingente limitado no país.