A Casa Branca está considerando a possibilidade de reduzir ou suspender o envio de armas a Israel para convencer o governo do premiê Benjamin Netanyahu a reduzir a intensidade de seu ataque militar à Faixa de Gaza, que já levou a vida de mais de 26 mil palestinos, reportou no domingo (28) a emissora norte-americana NBC News.
"Sob as ordens da Casa Branca, o Pentágono tem analisado o armamento que Israel solicitou e que poderia ser usado como alavanca [para intensificar a guerra na Faixa de Gaza]."
"Os EUA estão considerando diminuir ou pausar as entregas na esperança de que isso leve os israelenses a tomar medidas, como abrir corredores humanitários para fornecer mais ajuda aos civis palestinos", informa a emissora, que cita três funcionários em exercício e um aposentado durante a reportagem.
De acordo com as fontes entrevistadas, Israel continua pedindo ao governo Biden bombas aéreas, projéteis de artilharia de 155 milímetros e munições conjuntas de ataque direto.
Os funcionários disseram que a pressão sobre Netanyahu ocorre após semanas de fracasso de Biden e de sua equipe de segurança nacional em convencê-lo a mudar as táticas militares em Gaza para minimizar as baixas civis.
Iniciada em 7 de outubro de 2023, após um ataque do Hamas em território israelense, a ofensiva já dura mais de três meses e acirrou a tensão no Oriente Médio, causando temor de que o conflito possa extravasar as fronteiras da região.
Um dos reflexos dele é a escalada de violência no mar Vermelho, onde milícias houthis estão atacando navios associados a Israel, em retaliação aos bombardeios em Gaza. Na sexta-feira (26), o porta-voz dos houthis afirmou que os ataques continuarão até o fim da agressão israelense contra a Faixa de Gaza.