Países europeus vêm passando por inúmeras dificuldades desde o início das sanções aos produtos russos — petróleo, gás natural, fertilizantes, alimentos e outros insumos — lideradas pelos Estados Unidos. Desde então e devido a isso, a Europa vê os preços do comércio e do custo básico de vida dispararem.
Os trabalhadores do país foram às ruas reivindicar a queda de seus rendimentos devido ao aumento da inflação e da importação de produtos agrícolas na França.
Outra pauta reclamada pelos agricultores é a atribuição à agenda da União Europeia em relação à redução do uso de fertilizantes. Para alguns membros da categoria, a iniciativa ecológica é vista como inviável e tem alto custo.
O bloqueio iniciado nesta segunda-feira é consequência de uma onda de protestos que dura cerca de 11 dias.
"Quando se está longe de Paris, a mensagem não é ouvida. Não estamos aqui para matar os franceses de fome, pois temos a honra de alimentá-los", disse Arnaud Rousseau, da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores Agrícolas (FNSEA, na sigla em francês), durante uma entrevista antes dos bloqueios às principais vias ao redor de Paris.
Na última sexta-feira (26), o primeiro-ministro Gabriel Attal anunciou algumas medidas como a eliminação do aumento da taxa do diesel para uso não agrícola e a ajuda a setores em crise, mas consideradas insuficientes para a categoria.
Segundo o Le Monde, o ministro da Agricultura, Marc Fesneau, indicou que novas medidas serão anunciadas amanhã. O presidente Emmanuel Macron vai se reunir na próxima quinta-feira (1º) com Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia sobre a crise dos agricultores no país.